Mito e história III


Na história, não se pode “andar para trás” nem “retornar ao mesmo”. Não porque a história vá sempre para frente, mas porque a história não tem um sentido. Ela não é uma arvore que cresce com anéis cada vez mais exteriores e perfeitos. A história é um vagar pela infinita pluralidade dos modos do existente ou do mito ainda-não já-presente.

Isto dito, então, o que se chama retorno do mesmo torna-se visão do oculto (como quando, ao dobrarmos, pela primeira vez, uma esquina, começamos a perceber um poste que, porém, já estava lá, absolutamente, desde sempre e inexoravelmente, no desenho da cidade).

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