No processo analítico de pensamento, trata-se de partir de algo posto na ideia – uma evidência ou uma hipótese –, e mostrar suas dobras e seus desdobramentos tautológicos ou imanentes.
As dobras são os modos de reflexão internos, os constituintes constituídos pela própria evidência ou hipótese. Os desdobramentos são sua irradiação, seus raios, suas luzes, suas linhas de instituição, seus instituídos.
Na analítica da finitude, por exemplo, o que está posto, como evidente, substancial ou essencial é a condição finita do ser humano. A finitude aqui é a finitude positiva, não a privativa (não aquela que encontra sua gênese na privação de infinitude). As dobras da finitude são a fala, o trabalho e a vida. Os desdobramentos, o biopoder.
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