Verdade como ramificação, dissociação, multiplicação


Dziga Vertov: o Kino-Pravda (Cine-verdade): “filmes que produzem filmes”*.

Foucault: “Os pensamentos, os discursos se organizam, é certo, por sistemas. Mas é preciso considerar esses sistemas como efeitos internos de poder. Não é a sistematicidade de um discurso que detém a sua verdade, mas, pelo contrário, a sua possibilidade de dissociação, de reutilização, de reimplantação em outro lugar”**.




(*) Vertov apud ROUCH, Jean. O filme etnográfico [1968]. Trad. Hugo Mader. In: LABAKI, Amir (Org.). A verdade de cada um. São Paulo: Cosac Naify, 2015. P. 81.

(**) FOUCAULT, Michel. L’extension sociale de la norme [1976]. In: DEFERT, Daniel; EWALD, François; LAGRANGE, Jacques (Orgs.). Michel Foucault: Dits et écrits. Vol. II. 1976-1988. Paris: Quarto Gallimard, 2001 [1994]. P. 78.




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