O tirano faz e só quer fazer o que lhe interessa e agrada, sem pensar nem querer fazer o que agrada a todos em comum.
O soberano quer o que é o bem comum.
Mas, no fundo, dizem alguns, este soberano (que quer o bem comum) é um tirano, pois este, ao tornar objetivo o bem comum, acaba por impor a sua visão de bem. Por isso, como não há bem verdadeiramente comum, o soberano deve querer o justo, apenas o justo, e deve separar o justo do bem. O justo é o equilíbrio, na coexistência, dos diferentes bens próprios, tirânicos. Na justiça, todos permaneceríamos tirânicos.
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