O contrato se dá entre duas ou mais partes.
O contratualismo fundamenta a justiça do contrato na ideia da igualdade entre as partes contratantes. Quanto mais as partes são iguais (em seu poder ou em sua ascendência sobre a decisão dos outros), mais o contrato tende a ser justo.
A igualdade absoluta é a identidade. O contrato absolutamente justo seria aquele estabelecido entre partes idênticas.
Partes idênticas, porém, já estão, desde o início, de acordo entre si, como estão de acordo consigo mesmas. Nada precisam, portanto, contratar.
Ou ainda: partes idênticas são, em absoluto, uma só e mesma parte. Como o contrato requer, no mínimo, duas partes, partes idênticas não podem passar um contrato que as ligue uma com a outra.
Conclusão: absolutamente falando, todo contrato é essencialmente injusto.
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